Até o momento foram registrados 22.090 casos prováveis da doença
A Secretaria de Saúde divulgou, nesta sexta-feira (1°), o boletim epidemiológico semanal da dengue. Até 18 de abril foram notificados 22.090 casos prováveis da doença, um aumento de 76,76% em comparação ao mesmo período do ano anterior, quando registraram 12.497 ocorrências. Ao todo, 14 óbitos foram confirmados.
Leia a íntegra do boletim semanal
Conforme o boletim, o Distrito Federal tem 22 regiões administrativas com alta incidência de dengue: Cruzeiro, Plano Piloto, Varjão do Torto, Candangolândia, Guará, Núcleo Bandeirante, Riacho Fundo I, Itapoã, Paranoá, São Sebastião, Fercal, Planaltina, Sobradinho I e II, Brazlândia, Ceilândia, Recanto das Emas, Samambaia, Taguatinga, Vicente Pires, Gama e Santa Maria.
A Região de Saúde Sudoeste apresentou 4.914 casos (22,2%), seguida da Sul, com 4.294 registros (19,4%), e da Norte, com 3.442 ocorrências (15,6%). Embora a Região Sudoeste tenha apresentado o maior número de casos, a Região Sul tem a maior taxa de incidência (1.573,13 registros por 100 mil habitantes).
De acordo com o subsecretário de Vigilância em Saúde, Eduardo Hage, o aumento da incidência no DF é esperado até meados de maio, devido ao período de chuvas acentuadas que, alternado com os dias de sol, propicia a proliferação do vetor.
“Além disso, no DF há a predominância da dengue tipo 1, que se espalha com mais intensidade. Porém, com menor letalidade”, explicou.
Ações
Para reduzir ainda mais a quantidade de óbitos, o subsecretário pontuou algumas das ações estruturadas pela Secretaria de Saúde nos últimos meses.
“Instalamos tendas de hidratação no DF e Entorno para agilizar os atendimentos. Ainda zeramos a fila de espera de leitos de UTI, não só para Covid-19 como outras doenças. Organizar a assistência garante o atendimento e reduz a letalidade”, afirmou.
A Secretaria de Saúde tem trabalhado para diminuir o número de casos, eliminando os focos do mosquito e orientando a população quanto aos cuidados que devem ser tomados. Diariamente, o carro fumacê (UBV) tem circulado pelas regiões administrativas no início da manhã e ao final do dia.
A contratação de 600 agentes também reforçou as ações de visita e mobilização da população, com vistoria em imóveis e orientações sobre como combater o mosquito. E a parceria com outros órgãos vem ajudando a manter a cidade livre de lixo, entulhos e carcaças, itens estes que servem de criadouro do mosquito.
População
Além disso, a atuação da população junto ao governo é essencial neste momento. Por isso é importante que as pessoas não joguem lixo na rua, principalmente materiais plásticos.“Pedimos ainda que aproveitem o período de isolamento social e vistoriem os seus domicílios, para evitar os locais que poderiam se tornar possíveis criadouros do mosquito”, alertou Eduardo Hage.
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