Investimento na reforma de hospitais e clínicas chegou a R$ 43,3 milhões. Em medicamentos e material, mais R$ 166,3 milhões. E o horário de funcionamento foi expandido em 19 Unidades Básicas de Saúde
Agência Brasília
Mãos à obra: foram adquiridos cinco mamógrafos digitais, três tomógrafos, aparelhos de radioterapia odontológica e 11 ambulâncias para renovar a frota do Samu. Foto: Breno Esaki / Secretaria de Saúde
O Governo do Distrito Federal, neste primeiro ano de gestão, garantiu conquistas importantes para a saúde da população brasiliense. Os avanços obtidos pela Secretaria de Saúde permitiram significativas melhorias na assistência à saúde, na administração da rede e, diferentemente das gestões anteriores, na infraestrutura física das unidades de saúde,– e isso possibilitou uma assistência com mais qualidade e mais humanizada.
O investimento nas intervenções alcançou R$ 43,3 milhões e contempla 270 edificações, entre Unidades Básicas de Saúde, hospitais, policlínicas e Parque de Apoio, onde fica instalada a Farmácia Central. Pouco a pouco a área de saúde do Distrito Federal está melhorando.
Região por região
Na região Norte, o Hospital Regional de Planaltina recebeu nova estrutura na enfermaria de internação. No de Sobradinho, foi feita uma intervenção para proporcionar conforto e acessibilidade aos pacientes, adequando portas e banheiros para facilitar o acesso de cadeiras de rodas.
Nas manutenções da Região de Saúde Sudoeste, há um destaque para o Hospital Regional de Taguatinga, que não passava por reparos havia anos. Na unidade, foi feita a substituição de tubulações, impermeabilização de reservatórios, troca da fiação, etc. O Hospital Regional de Samambaia, por sua vez, passou igualmente por mudanças na estrutura física.
Na região Sul, que abrange Santa Maria e Gama, os hospitais também foram beneficiados. No da primeira cidade, 30 leitos de internação foram abertos e a Emergência e o Ambulatório receberam nova pintura. No Gama, os investimentos foram utilizados na troca de telhas, impermeabilização de calhas e a limpeza de seis quilômetros de rede de esgoto do hospital.
Mesmo com todos esses cuidados, a violência das primeiras chuvas do ano obrigou que este serviço seja refeito, assim como exigiu uma reforma de várias áreas do hospitais. Isso foi feito em nove dias, e os pacientes que foram transferidos para o Hospital de Santa Maria, sem prejuízo para os tratamentos e consultas, já retornaram ao Regional do Gama.
Os dois hospitais da região Oeste têm passado por grandes modificações. Em Ceilândia foram investidos recursos para melhorar as unidades de saúde, além do hospital. Em Brazlândia, piso e redes elétrica e hidráulica do hospital foram revitalizados, incluindo pintura nova.
Outros hospitais da rede também estão com suas manutenções em estágio avançado. Entre eles, é possível citar o da Região Leste (HRL – antigo Hospital do Paranoá); o de Apoio de Brasília (HAB), São Vicente de Paulo (HSVP), Materno-Infantil de Brasília (Hmib) e Regional da Asa Norte (Hran).
Expansão
3 UBSsforam inauguradas em 2019: a UBS 20 de Planaltina, a UBS 8 de Santa Maria e a UBS 11 da Ponte Alta, no Gama
Neste ano foram inauguradas três Unidades Básicas de Saúde: a UBS 20 de Planaltina, a UBS 8 de Santa Maria e a UBS 11 da Ponte Alta, no Gama. Ainda há quatro novas unidades em construção: Recanto das Emas (Avenida Monjolo), Samambaia (Quadra 831), Riacho Fundo II (QS 9) e Fercal (Núcleo Rural Lobeiral).
Também está em licitação a construção de mais três: a UBS Parque Paranoá, orçada em R$ 3,8 milhões; UBS Jardim Mangueiral, no valor de R$ 3,7 milhões; e a UBS do Vale do Amanhecer, orçada em R$ 4,1 milhões.
A obra mais adiantada é da UBS na Fercal. A unidade terá duas equipes para atender 8 mil pessoas. “A previsão é de que até o final de dezembro seja concluída”, diz a diretora administrativa da Região de Saúde Norte, Kelly de Paula Lopes.
Reforço na aquisição de equipamentos
Foram investidos R$ 166,3 milhões na compra de medicamentos e material hospitalar, e também para a compra de equipamentos utilizados na realização de exames, transporte de pacientes, mobílias e insumos.
Com esses recursos a Secretaria de Saúde adquiriu cinco mamógrafos digitais, três tomógrafos, aparelhos de radioterapia odontológica e 11 ambulâncias para renovar a frota do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). E para a compra de oito torres de endoscopia, distribuídas em Taguatinga, Sobradinho, Ceilândia e Gama foram gastos R$ 2,4 milhões.
A secretaria ainda contratou empresas para ampliar a capacidade na realização de exames de ressonância magnética. A fila de espera era de 23 mil pedidos. Agora, as clínicas realizam em média 500 exames por mês.
Investimentos que garantiram melhorias
O Fundo de Saúde do Distrito Federal (FSDF) desenvolveu diversas ações para dinamizar os processos de trabalhos em suas áreas de atuação. Essas medidas trouxeram resultados relevantes – como menor tempo para emissão de Nota de Empenho – e agilidade nos processos de pagamentos das despesas da Secretaria de Saúde do Distrito Federal.
No exercício de 2019, foram executados pagamentos na monta de R$ 492,7 milhões somente com despesas de anos anteriores e com diversos serviços essenciais para a Saúde.
Em relação ao Orçamento/ 2019, o Fundo de Saúde está com boa execução: do total disponível à Saúde (R$ 3,6 bilhões), 88% já foram empenhados, liquidados e pagos. O orçamento em 2019 foi menor que em 2018, porém, a execução orçamentária está melhor que no ano passado.
Gestão de pessoas
Para capacitar servidores e melhorar a qualidade no atendimento, a Secretaria de Saúde lançou o Programa de Qualificação da Atenção Primária à Saúde (APS), o Qualis APS. O objetivo é consolidar o programa no DF, fazendo avaliações e certificações das equipes.
A pasta tem atuado para honrar os compromissos assumidos pelo governador Ibaneis Rocha e valorizar o profissional. Um dos exemplos é o pagamento das pecúnias referentes às licenças-prêmio não usufruídas pelos servidores durante o tempo de serviço. Em nove meses, foi pago o que a gestão anterior não fez em quatro anos: R$ 42,9 milhões de dívidas de anos anteriores com aposentados da Saúde foram quitadas.
“O passivo que recebemos é de quase R$ 150 milhões. Mas isso não intimidou o governador de se comprometer e determinar que fizéssemos os pagamentos. Isso é valorizar o servidor e investir na saúde”, declarou a diretora do Fundo de Saúde do Distrito Federal (FSDF), Beatris Guatério.
A pasta ganhou um reforço ao remanejar 904 servidores do Instituto de Saúde (Iges-DF), ao nomear 73 servidores e ao ampliar a carga horária de 504 servidores. O maior apoio de profissionais significa um incremento na assistência à população.
Números comprovam evolução na assistência
As ações de gestão, combinadas com a melhoria estrutural e de condições de trabalho, têm permitido ao cidadão do Distrito Federal uma assistência com mais qualidade.
Na Atenção Primária à Saúde, porta de entrada para o atendimento na rede pública, houve uma revolução e, de forma inovadora, 19 UBSs expandiram o horário de funcionamento e passaram a oferecer atendimento até as 22 horas.
“O atendimento noturno é voltado às pessoas que trabalham o dia inteiro. É uma ampliação do acesso para a população, a exemplo dos pais que não podem levar suas crianças para se consultar porque não podem faltar ao trabalho”, explica a secretária-adjunta de Assistência à Saúde, Lucilene Florêncio.
Nos primeiros 15 dias de atendimento com horário estendido, a procura em algumas unidades já havia subido 30%, com elogios da população. Com a filha de apenas seis anos de idade sentindo dores de cabeça e com febre, Daise Cardoso chegou do trabalho e logo levou a menina a uma UBS no Guará.
“Caso não estivesse aberta, a opção seria a emergência de um hospital. Além do caso dela não ser de urgência, eu ainda precisaria esperar por horas até ser atendida. Aqui, nem precisei marcar consulta. Chegamos e ela foi prontamente atendida”, conta Daise. A pequena Maria Eduarda já saiu da unidade medicada.
Complexo regulador – A área do Complexo Regulador também apresenta bons números. Ampliou de 27 para 32 o número de especialidades reguladas. Essa melhoria, de forma simplificada, significa que o cidadão conta, agora, com acesso mais qualificado, sendo priorizado o seu quadro clínico em um cadastro único para toda a rede.
Cirurgias – Outro avanço foi no número de cirurgias, o que demonstra maior produtividade das equipes dos hospitais. Em nove meses, foram feitos 52.397 procedimentos. O Hospital Regional de Sobradinho, por exemplo, zerou a fila de cirurgias de câncer urológico. Já o Hospital Regional de Taguatinga realizou 587 cirurgias de catarata.
“Conseguimos diminuir a fila com a força-tarefa. Já estamos chamando pacientes com um ano de espera. Quando iniciamos, os primeiros pacientes aguardavam pela cirurgia desde 2017”, recorda o oftalmologista e responsável técnico da Oftalmologia, José Alberto Paiva de Aguiar Júnior.
Transplantes – Uma outra conquista foi o lançamento da plataforma Doe Órgãos (http://doeorgaos.saude.df.gov.br/), com o objetivo de conscientizar a população sobre a importância do ato e, assim, aumentar a rede de potenciais doadores. Até o dia 25 de setembro, foram realizados 448 transplantes. Comparado ao mesmo período do ano passado, a doação de córnea, por exemplo, teve um aumento de 49%, saindo de 194, em 2018, para 290 transplantes em 2019.
Ouvidoria da Saúde: implantado o projeto itinerante
A evolução na Saúde pode ser comprovada pelos chamados na Ouvidoria. Em 2019, a quantidade de elogios foi 89% superior à registrada em 2018. Isso significa que a cada cinco manifestações, uma é elogio. A participação popular também aumentou. Em 2018, foram 4.903 manifestações entre janeiro e novembro. No mesmo período deste ano, foram 7. 430.
“A quantidade de manifestações aumentou significativamente, e o ponto positivo disso é a credibilidade do cidadão na utilização do sistema oficial de ouvidoria, o OUVDF, pois está resolvendo parte dos seus problemas e por esse motivo passou a utilizar mais”, observa o gerente de Acompanhamento de Ouvidoria da Secretaria de Saúde, Alessandro Sá.
Mesmo com o aumento significativo das demandas, comparando o período de 1/01/2018 a 20/11/2018 com o mesmo período de 2019, o índice de resolutividade subiu para quase 40%.
Para ampliar o acesso da população à ouvidoria, em abril deste ano foi implantado o projeto itinerante, iniciado como piloto no Hospital da Região Leste. Equipes da Ouvidoria da Saúde passaram pelo Hospital Regional da Asa Norte, Centro de Orientação Médico Psicopedagógica, UBSs 1 do Cruzeiro, 7 do Gama, 5 e 8 de Ceilândia, 1 de Vicente Pires e 1 de Santa Maria.
Foco no combate à dengue
Nos primeiros nove meses do ano, 834.449 imóveis foram inspecionados – quase 92 mil a mais que no mesmo período do ano passado. O uso de UBV, conhecido popularmente como fumacê, também foi intensificado em 2019: foram 989.526 aplicações do insumo, contra 62.855 no ano passado; e 39.528 aplicações de UBV costal, contra 19.625 em 2018. Além disso, foram instaladas 1.354 armadilhas.
Algumas medidas tomadas recentemente pela Secretaria de Saúde para reforçar o combate ao Aedes aegypti foram a assinatura do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério da Saúde, para regulamentar a alocação de 120 servidores cedidos pelo Ministério à Secretaria; a capacitação de 1,5 mil soldados do Corpo de Bombeiros e a implantação do uso de motos para reforçar pulverização de Ultra Baixo Volume (UBV).
“O Distrito Federal está preparado do ponto de vista teórico e prático. É a única Unidade da Federação que tem todos os insumos básicos para o enfrentamento do mosquito”, explica o subsecretário de Vigilância à Saúde, Divino Valero.
E vem por aí
Novos hospitais, Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs) e mais leitos para a população do Distrito Federal. Esses são alguns projetos previstos para começar em 2020. “Teremos dois novos hospitais na Ceilândia: um será materno-infantil, com 180 leitos. O outro, geral, que terá em torno de 380 leitos. Os dois são muito importantes, pois serão feitos no local mais populoso do DF”, ressalta o secretário de Saúde, Osnei Okumoto.
O titular da pasta também destaca a construção de outros dois hospitais. Um deles, na Região de Saúde Centro Sul, beneficiará pelo menos 400 mil pessoas, sendo erguido no Guará II. O novo complexo terá capacidade para 285 leitos de enfermaria e outros 90 para o pronto-socorro, com perfil assistencial voltado à clínica médica e outras cinco especialidades da Medicina.
O outro é o Hospital de Especialidades Cirúrgicas e Centro Oncológico de Brasília, conhecido como Hospital Oncológico. A previsão é de que tenha 152 leitos de internação, 20 leitos de Unidade Terapia Intensiva (UTI) e capacidade para realizar até 9 mil atendimentos por ano. Ele será construído nas proximidades do Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB).
“Iniciaremos 2020 com esse projeto, entre outros, para disponibilizar esses hospitais à população. Serão mais serviços e futuros locais de trabalho para os profissionais de saúde”, afirma o secretário.
* Com informações da Secretaria de Saúde
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