Integrando academia, poder público e iniciativa privada, 1º Hackathon de Saúde Pública movimenta a UnB até a próxima sexta-feira (13)
Agência Brasília.
Foto: FAP-DF / Divulgação
Foi aberta nesta segunda (9) a maratona de inovação que vai buscar soluções tecnológicas para o combate à dengue no Distrito Federal. O lançamento do 1º Hackathon em Saúde Pública – Combate à dengue foi no auditório do Centro de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico (CDT/UnB), onde especialistas em Tecnologia da Informação e Saúde Pública, desenvolvedores e empreendedores estarão reunidos, até a próxima sexta-feira (13), com o objetivo de criar e desenvolver soluções tecnológicas para promover o controle e a prevenção da dengue no DF.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, o número de mortes decorrentes da dengue no Brasil, até outubro, ultrapassou a marca de 600 casos, o que representa um índice cinco vezes maior que o registrado em 2018. O mesmo levantamento aponta que, dos casos notificados em todo o país, foram registrados 1.489.457 milhão de ocorrências, sendo que a região Centro-Oeste concentra a maior incidência da doença, com 1.235,8 mil casos para cada grupo de 100 mil habitantes. Em todo o Brasil, a doença atinge 708,8 pessoas a cada 100 mil habitantes.
O painel de abertura do hackathon (maratona de programação, em tradução livre) contou com a participação do presidente da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAP-DF), Alessandro Dantas; do subsecretário de Vigilância em Saúde do DF, Divino Valero Martins; do diretor-executivo da Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde do DF (Fepecs), Marcos de Souza Ferreira; da diretora do Parque Científico e Tecnológico da Universidade de Brasília (PCTec), Renata Aquino da Silva de Souza; e do presidente e do vice-presidente Executivo para Capacitação, Eventos, Comunicação e Marketing do Sindicato da Indústria da Informação do Distrito Federal (Sinfor-DF), Ricardo de Figueiredo Caldas e Renato Riella, respectivamente.
Foco no DF
O presidente da FAP-DF destacou o caráter interdisciplinar do evento e o objetivo de atender a uma demanda direta do governador, Ibaneis Rocha, que quer a fundação mais conectada e voltada para as necessidades da população. “O governo, a academia, a iniciativa privada têm que trabalhar integrados e essa é só a primeira ação, pois nós pretendemos realizar várias iniciativas como essa”, declarou Alessandro Dantas.
“Estamos firmando um convênio com a Finatec, para período de três anos, que será voltado para o atendimento de demandas da sociedade brasiliense em áreas como saúde, educação, trabalho, segurança, cultura e economia. Brasília nasceu moderna e o sinal dessa contemporaneidade é essa parceria que, hoje, a gente inicia. E os participantes desse hackathon são parte essencial dessa mistura”, acrescentou o dirigente.
Já o subsecretário de Vigilância em Saúde do DF, Divino Valero, destacou a necessidade de buscar avanços tecnológicos para subsidiar as políticas públicas e estratégias de saúde pública, especialmente as de combate a doenças endêmicas e transmissíveis. “Dentro da área da saúde, no que tange à tecnologia, a evolução foi muito endógena, com visão hospitalar, e pouco voltada para saúde pública. A maioria das doenças chamadas endêmicas ainda é tratada com método tradicional e, em especial quanto às arboviroses, toda a atividade é baseada em boletins e em coleta de dados em campo, ainda em papel. Tudo isso acaba contribuindo muito para o processo de transmissibilidade da maioria dessas doenças”, afirmou.| Foto: FAP-DF / Divulgação
“A qualidade e a velocidade na geração das informações são fatores determinantes na geração de respostas. Quando se fala em doenças transmissíveis, então, são tão importantes como vacina ou máquina de dedetizar. Com as informações estratégicas em mãos é possível conter processos epidêmicos”, arrematou o gestor.
Por sua vez, o diretor-executivo da Fepecs diz acreditar que o hackathon poderá trazer soluções efetivas para a luta contra a dengue e as arboviroses. Não apenas no DF, mas em todo o Brasil.
“Agradeço, em especial, à FAP-DF que, em tempo recorde, nos ofereceu apoio para o desenvolvimento desse e de outros projetos que buscam essas soluções. Não se trata só de um aplicativo, mas, sim, de uma plataforma que possibilitará o monitoramento dos vetores e subsidiará a tomada de decisão rápida para a detecção dos focos de transmissão e oferta de atendimento e tratamento para a população”, afirmou Marcos de Souza Ferreira.
A atuação integrada com a academia é essencial para o desenvolvimento de ferramentas que possam conferir inteligência ao conhecimento e conferir agilidade à tomada de decisão. É no que acredita a diretora do PCTec. “É importante entender que mesmo problemas antigos e ainda sem solução precisam de uma forma disruptiva de abordagem. E a forma de abordar é essa sinergia que estamos vendo aqui, com governo, universidade, setor privado”, destacou Renata Aquino.
Iniciativa privada
Representando empresas do setor de Tecnologia da Informação do DF, o presidente do Sinfor, Ricardo Caldas, destacou a importância de o setor estar integrado em iniciativas que visam atender demandas da população. “Fico muito feliz hoje pelo Sinfor estar engajado nessa iniciativa que une academia, setor empresarial e o governo no sentido de buscar soluções para os problemas que existem na nossa comunidade. A dengue é uma doença do século XVIII e ainda é tratada da mesma forma”, discursou.
Vice-presidente executivo para Capacitação, Eventos, Comunicação e Marketing do Sinfor, também acredita no potencial da iniciativa para ampliar essa integração e a participação da sociedade em ações de combate à dengue. “Estamos vivendo aqui uma revolução, saindo de toda a nossa rotina de inteligência e geração de conhecimento para o inusitado, com a realização desse hackathon. O mais importante é que todos nós carecemos daquilo que os participantes poderão nos proporcionar, que é inteligência. Nós precisamos desenvolver solução que dê voz à sociedade e confira velocidade à informação”, ressaltou.
As inscrições para o 1° Hackathon em Saúde Pública do DF ficam abertas até esta terça-feira (10).
SERVIÇO:
1º Hackathon de Saúde Pública do DF – Combate à Dengue
Período de realização: 9 a 13 de dezembro de 2019
Local: Centro de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico (CDT) – Parque Científico e Tecnológico da Universidade de Brasília (Campus Universitário Darcy Ribeiro Edifício CDT, Brasília – DF, 70904-970)
Horários:
· 09/12 (segunda): das 8h às 21h
· 10, 11 e 12/12 (terça, quarta e quinta): das 9h às 21h
· 13/12 (sexta): das 9h às 20h30
Inscrições: até as 18h do dia 10 de dezembro, pelo site http://hackathon.brasiliamaisti.com.br/
Regulamento e programação: http://hackathon.brasiliamaisti.com.br/
Premiação (a ser definida por júri técnico):
1º lugar: R$ 6.000,00
2º lugar: R$ 3.000,00
3º lugar: R$ 1.000,00
* Com informações da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal
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