Ao lado da fotografia de Joana Jeker, que integra a série "A Força do Mulher", a deputada Telma Rufino (Pros) realça importância da campanha.

A importância da legislação local na garantia dos direitos das mulheres com câncer de mama foi destacada pela fundadora da Associação Recomeçar, Joana Jeker, durante a abertura da campanha Outubro Rosa na Câmara Legislativa, na tarde desta segunda-feira (14). Ela citou, por exemplo, a Lei nº 4.761/2012, que estabelece a cirurgia plástica de reconstrução da mama nos hospitais públicos, inclusive com pigmentação da aréola.

Ainda chamou a atenção para recentes conquistas, como a Lei nº 6.317/2019 sobre a notificação compulsória relacionada às neoplasias e a Lei nº 6.389/2019, que estabelece, no prazo máximo trinta dias, a partir do agendamento, o atendimento para a realização de exames diagnósticos nos casos em que a principal hipótese seja a neoplasia maligna.

As leis distritais evidenciadas – a primeira proposta pela ex-deputada Eliana Pedrosa e as deste ano pelo deputado Rafael Prudente (MDB) – demonstram o envolvimento dos gestores públicos com o problema, segundo Jeker. Ela, que foi diagnosticada com a doença em 2007, aos trinta anos de idade, e fez duas cirurgias pelo Sistema Único de Saúde (SUS), defende o direito ao diagnóstico e tratamento gratuitos. Junto com outras cinco mulheres, que tiveram a mama reconstruída após mutilação decorrente do tratamento contra o câncer de mama, o retrato de Joana Jeker integra a exposição fotográfica "A Força da Mulher", no foyer do plenário da CLDF.

Exames – "Gostaria de parabenizar cada uma das mulheres guerreiras que estão aqui", cumprimentou a deputada Telma Rufino (PROS). Ela narrou a perda de três familiares em decorrência do câncer nos últimos dois anos: "É uma dor coletiva". Para a parlamentar, campanhas, como a do Outubro Rosa, são fundamentais para o combate à doença.

Também frisou a importância da campanha o presidente em exercício da Câmara Legislativa, deputado Iolando (PSC), que perdeu a mãe em virtude do câncer de mama há dois anos. "É uma luta apartidária", disse, ao agradecer as instituições parceiras da Casa no evento. Médico do trabalho da CLDF, Florêncio Sinzato, reforçou a necessidade dos exames anuais, que "não previnem, mas detectam precocemente a doença".

De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), são estimados 59.700 novos casos de câncer de mama em 2019, com um risco de 56 casos a cada 100 mil mulheres no País. Por outro lado, quando o problema é descoberto na fase inicial da doença, as chances de cura chegam a 95%, segundo a Associação Recomeçar. A fim de arrecadar recursos para a organização, acontece, no próximo dia 24, às 20 horas, na Cervejaria Criolina, o evento Brasília Rosa in Concert.

Franci Moraes
Fotos: Figueiredo/CLDF
Núcleo de Jornalismo - Câmara Legislativa