Wellington diz que governo ignora situação

A situação de oficineiros do Varjão, que estão sendo ameaçados de despejo, preocupou alguns deputados distritais, que se manifestaram sobre o tema na sessão ordinária da Câmara Legislativa desta quarta-feira (8). O deputado Wellington Luiz (PMDB) relatou que um grupo de 62 oficineiros que ocupa uma área há quase 30 anos recebeu intimação para deixar o local e não tem para onde ir.

O deputado informou que esteve ontem na Casa Civil do GDF para tratar do problema, mas queixou-se da falta de interesse do governo em encontrar uma solução. Para ele, o governo age com desrespeito e como se o problema não fosse dele. "Não é possível que não haja um pingo de sensibilidade neste governo. É um bando de burocrata que só sabe assinar papel", desabafou.

O deputado Wasny de Roure (PT) explicou que os oficineiros estão em uma área dentro do Parque do Varjão e precisam ser removidos para outro local. Segundo ele, o poder Executivo tem pleno conhecimento do assunto há anos, mas até agora não apresentou uma saída. "O assunto é complexo e exige uma ação do poder Executivo. Mas a nossa Casa tem que se sensibilizar com esta situação", ponderou o distrital.

Escolas – Outro assunto que teve destaque na sessão desta quarta-feira foi a péssima situação das escolas públicas do DF. O deputado Prof. Reginaldo Veras (PDT) afirmou que a situação é muito grave e manifestou preocupação com a integridade dos estudantes. Segundo Veras, que tem percorrido várias escolas avaliando as condições das estruturas e apresentado relatórios para o governo e ao Ministério Público, há casos em que só resta a demolição das unidades.

"Se algum estudante sofrer algo mais grave por causa da precariedade das escolas, a culpa será do governo que nada faz, do Tribunal de Contas que não fiscaliza e do Ministério Público que nunca entrou com nenhuma ação para cobrar melhorias", assinalou o parlamentar.

Veras mencionou a situação da Escola Classe 425 de Samambaia, considera uma das que se encontram em pior situação no DF. Para ele, trata-se de uma escola de "8º mundo". Na manhã de hoje, segundo ele, a cantina da escola foi interditada por causa de um vazamento de gás, que não tem previsão para ser resolvido. Enquanto isto, os alunos só poderão lanchar suco e biscoito.

O deputado também reclamou que representantes do governo sempre alegam que a escola está no Plano de Obras, mas nenhuma reforma é feita há muitos anos. Na opinião do distrital, o atual governo não tem compromisso em construir escola e até agora não fez nenhuma em toda a gestão.

O deputado Chico Vigilante (PT) mencionou a situação do Centro 10 do P Sul, que está condenado e fechado há três anos. De acordo com ele, os alunos são transportados diariamente de ônibus para outras escolas na QNR e QNQ. O distrital também criticou o governo pela falta de reformas nas escolas e exemplificou outras situações de deteriorização das estruturas.

Luís Cláudio Alves
Fotos: Carlos Gandra
Comunicação Social – Câmara Legislativa