Por Beatriz Albuquerque
Oitocentos e trinta mil metros quadrados e R$ 500 milhões em investimentos. Esses são alguns dos números que definem o novo espaço de lazer da capital federal, o Boulevard Monumental. As obras devem começar no próximo ano e a previsão é que a primeira etapa fique pronta em 2022.
O complexo vai funcionar na área próxima ao Estádio Nacional de Brasília e aos ginásios Nilson Nelson e Cláudio Coutinho. O Boulevard Monumental vai contar com 20 salas de cinema, casas noturnas, restaurantes, academias, quadras esportivas, escritórios e clínicas. A ideia é que seja um espaço que atenda moradores e turistas em todos os dias da semana, de dia e de noite.
O governo do Distrito Federal concedeu a construção do complexo a uma empresa privada que gerencia toda a organização e a implementação do espaço. Para escolher o melhor projeto, foi realizado um concurso que já tem seus três finalistas. O vencedor deve ser conhecido até o fim de dezembro e vai receber R$ 5,2 milhões como prêmio.
Luis Otávio, coordenador do concurso, organizado pelo Instituto de Arquitetos do Brasil, explica que o complexo será totalmente aberto e integrado. A proposta é qualificar o entorno do estádio e transformar o local no coração da vida noturna e do turismo na cidade. “Todos esses serviços que serão oferecidos vêm justamente no sentido de trazer uma animação para esse espaço”.
Para quem está se perguntando se esse projeto fere o tombamento de Brasília, Luis Otávio garante que tudo será feito com o intuito de manter o projeto original da capital e que todas as providências jurídicas já foram tomadas.
“A obra está de acordo. Foi criada uma lei complementar específica para essa gleba, para esse lote. E essa lei dá uma série de parâmetros de uso, parâmetros urbanísticos de taxa de ocupação, de taxa de área verde, de quantidade de área construída, que nós chamamos de coeficiente de aproveitamento. Todos esses projetos foram julgados à luz dessa legislação.”
Os serviços que atualmente são oferecidos no complexo de piscinas do Ginásio Cláudio Coutinho não serão interrompidos. Richard de Bois, presidente do Arena Bsb, concessionária contratada pelo governo local para construção e administração do espaço, garante que não haverá nenhum impacto negativo para a população e que os custos do funcionamento dessas atividades passam a ser da concessionária.
“Uma das contrapartidas sociais que nós vamos fazer com essa concessão é a manutenção permanente da área do complexo de piscinas. A operação e a gestão continuam com o GDF, os professores serão os mesmos, a forma de trabalho será a mesma, não haverá alteração nenhuma. O que acontece é que o custo de manutenção deixa de ser pago pelo contribuinte, por todos nós como cidadãos, e passa a ser pago pela Arena BSB.”
Já o Ginásio Nilson Nelson deve ser demolido assim que outro, mais moderno, for construído no local. As obras devem começar em junho do ano que vem e o complexo ficará pronto em 2024. O prazo da outorga será de 35 anos contados a partir de janeiro de 2020.
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