O número representa mais que o dobro da procura pelo exame. Atualmente, os hospitais oferecem 5,4 mil vagas e apenas 2 mil estão ocupadas. Saiba como marcar

A fila de espera para marcação de mamografias foi zerada em julho deste ano.Em meio à campanha de conscientização internacional sobre o câncer de mama - um dos mais comuns e que mais mata mulheres segundo o Instituto do Câncer -, a procura pela mamografia, principal exame preventivo, está em baixa no Distrito Federal. Segundo dados da Secretaria de Saúde, das 5,4 mil vagas ofertadas este mês, apenas 2 mil estão preenchidas.

Segundo a pasta, a disponibilidade de vagas ocorre após uma campanha que zerou a fila de espera para a realização do exame, em julho deste ano. Em outubro de 2016, 11 mil mulheres esperavam a chance de fazer uma mamografia e a rede pública contava com apenas um aparelho. Hoje são nove mamógrafos, todos em funcionamento, e 16 técnicos em radiologia foram nomeados para agilizar os atendimentos.

A demanda por mamografias na rede pública é de 2 mil exames mensais, segundo a secretaria. Somente neste ano, 29.320 exames do tipo já foram feitos em 11 unidades hospitalares e no Centro Radiológico de Taguatinga. O Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA) prevê para este ano 960 novos casos de câncer de mama no DF.

Como marcar
Para marcar a mamografia, a paciente deve passar primeiramente por uma consulta com um ginecologista em um posto de saúde. Se for o caso, o médico encaminhará a paciente para o exame. A pessoa aguarda, em média, o prazo de 7 a 10 dias até ser chamada para comparecer em um dos hospitais equipados para realizar a mamografia.

As unidades de saúde que dispõem de mamógrafos são os Hospitais Regionais da Asa Norte, de Ceilândia, do Gama, de Samambaia, de Santa Maria, de Sobradinho, de Taguatinga, Leste e Materno-Infantil de Brasília.

O tratamento completo é feito apenas no Hospital de Base de Brasília (HBDF) e nos Hospitais Regionais de Sobradinho, Taguatinga e Gama. “Pacientes com diagnósticos de câncer de mama passam, inicialmente, por uma triagem da área de Oncologia que indica o acompanhamento mais adequado ao caso” informa a Secretaria de Saúde.

Além da prevenção e acompanhamento da paciente, a rede pública faz cirurgias de reconstrução mamária. De acordo com a pasta, uma média de 860 procedimentos são realizados por ano. 

Saúde da Família
Aproveitando o mês de campanha, a Nova Estratégia da Família elegeu o câncer de mama como alvo das ações. As equipes multidisciplinares envolvidas no projeto voltam a atenção para ações de assistência, prevenção e educação. O objetivo é que os casos sejam diagnosticados a tempo para um tratamento que ofereça chances de cura.