O verão chegou ontem (21) e a previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) é de que, apesar do calor, as chuvas típicas da estação ajudem a recompor as perdas nos reservatórios do Distrito Federal nos próximos três meses.

A expectativa é de que chova todo dia, especialmente no fim da tarde. “São chuvas rápidas, mas bastante intensas”, disse a meteorologista do Inmet, Ingrid Peixoto. A média de chuva no mês de dezembro é de 246 mm. Esse índice pode chegar a 8 mm no auge da seca, em junho.

Outro fenômeno que vai contribuir para a formação de chuvas na região são as Zonas de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS). Trata-se de um padrão de nebulosidade mais intenso. Uma vez que ele se instalar sobre o DF, vai provocar tempo fechado e chuvas constantes por cerca de quatro ou mais dias a cada vez que acontecer.

Torneiras fechadas

Mesmo assim, a tarifa extra para diminuir o consumo deve continuar, segundo estimativas da Agência Reguladora de Águas do DF (Adasa). A avaliação é de que, as chuvas não vão ser suficientes para encher os reservatórios de Santa Maria e São Sebastião. Por isso, será preciso economizar água para a crise não ser ainda pior durante a estação seca de 2017.

Apesar da previsão de chuvas, os moradores do DF vão aproveitar a luz do dia por mais tempo no verão. No solstício de quarta (21), o dia mais longo do ano para o hemisfério sul, o sol em Brasília nasceu às 6h38 e se pôs às 19h42.

As temperaturas vão ficar na média dos 30°C. A umidade pode variar entre 60% e 100%. “Nos dois últimos anos, estávamos sob influência do fenômeno El Niño, que provoca o aquecimento anormal das águas do Pacífico Equatorial, que elevou a temperatura e abaixou a umidade no Centro-Oeste”, explicou Ingrid. “Agora, estamos sob efeito do La Niña, de fraca intensidade. Ou seja, as temperaturas vão ficar mais amenas e uma ocorrência de chuva mais significativa.”

O La Niña é um fenômeno natural que atua para diminuir as temperaturas do Oceano Pacífico. É o contrário do El Niño e, como ele, gera uma série de mudanças nos padrões de chuva e temperatura ao redor da Terra.

Publicado originalmente por: G1