Ibram e Adasa emitiram alerta sobre o aumento da quantidade desses microorganismos nas águas da região.

O aumento da quantidade de cianobactérias – microorganismos fotossintetizantes cuja multiplicação é favorecida pelo acúmulo de matéria orgânica no mar, lagos, rios e solos úmidos – na parte sul do Lago Paranoá pode provocar irritações nos olhos e favorecer a entrada de outras infecções oculares.

É o que afirma o oftalmologista da Clínica Oftalmed, Jonathan Lake. “A conjuntiva é uma mucosa
exposta, então principal problema pode ser a conjuntivite, ou seja, a inflamação da membrana conjuntiva que pode causar problemas como olho vermelho e lacrimejante, inchaço nas pálpebras, fotossenbilidade e visão embaçada”, entre outros.

Um alerta dado na última sexta-feira (18) pelo Instituto Brasília Ambiental (Ibram) e pela Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal (Adasa) recomenda que a população evite contato com as águas do chamado Pontão do Lago Sul até a foz do Riacho Fundo.

O Ibram e a Adasa estão monitorando o surgimento desordenado de algas no lago desde o dia 11, quando aumentou a área atingida pelos microorganismos. Além da morte de peixes, o comprometimento da qualidade da balneabilidade do Lago Paranoá causou a mudança na cor da água para um verde-musgo intenso.

As instituições ainda investigam as causas do florescimento das cianobactérias – exames laboratoriais deverão ajudar a esclarecê-las – e também não sabem informar em quanto tempo as águas voltarão ao normal.