Aplicativos estreitam a comunicação e ainda poupam o meio ambiente

A tecnologia está cada vez mais inserida no dia a dia das famílias. Nas escolas, não poderia ser diferente: as instituições encontraram nos aplicativos uma forma de conquistar maior aproximação com os pais.

O Colégio Marista João Paulo II, localizado na 702 norte, utiliza o app Marista Virtual desde 2014. Por meio dele, os pais possuem acesso tanto à parte administrativa e financeira como ao currículo acadêmico do estudante. A atualização do software é diária.

De acordo com o diretor-geral da escola, Marcos Scussel, o objetivo do aplicativo é facilitar a vida das pessoas. “A partir do momento em que você tem um celular que permite realizar diversas ações, isso ajuda também na educação”, observa.

Para ele, uma das grandes vantagens oferecidas pelo aplicativo é a oportunidade de realizar a rematrícula do aluno. “No ano passado, aproximadamente 35% das rematrículas foram feitas por lá. Isso ajuda a melhorar a qualidade do atendimento presencial e facilita a vida dos pais”, aponta.

Michele Silveira, 39 anos, é mãe de duas meninas, de seis e 12 anos, que estudam na instituição. Ela visualiza diariamente no aplicativo quais serão as aulas do dia e as tarefas de casa. “Pode ser uma ferramenta só para acompanhar, mas serve também como motivação para os pais saírem da zona de conforto e participarem de perto da rotina dos filhos”, comenta.

Michele conta que o dispositivo funciona como um estímulo para as crianças. “Minha filha gosta de olhar a parte do boletim e compartilhar nos grupos da família os bons resultados”, diz, orgulhosa.
Sustentabilidade
Na mesma onda, o colégio Ceav Jr., com unidades em Taguatinga e Águas Claras, estreou a ferramenta em março deste ano. Segundo o analista de Marketing do colégio, Otávio Martins, a instituição sentiu a necessidade de criar o dispositivo ao se deparar com um grande número diário de impressões em papel.

O colégio Ceav Jr. aliou a sustentabilidade a um contato maior entre escola e responsáveis. “Como é o primeiro ano do aplicativo, a gente não consegue abolir totalmente o papel, porque ainda está em fase de adaptação e nem todos criaram o hábito de olhá-lo. Mas a ideia é, daqui a uns três anos, não trabalhar com comunicados impressos nem com a agenda”, destaca Otávio.

Para Juliana Teixeira Paiva, 39 anos, mãe de uma aluna do maternal III do Ceav Jr., a ferramenta favoreceu a comunicação. “Com a correria do dia a dia, às vezes a gente esquece de olhar a agenda. Agora, com o celular, facilita bem mais”, comenta.

O Jornal de Brasília fez uma busca simples em uma loja virtual de aplicativos para celular e constatou que há mais de 150 ferramentas para instituições em diversas cidades do País.

Ponto de vista

De acordo com o especialista em tecnologias no ambiente escolar Gilberto Lacerda, as ferramentas são muito úteis, mas os colégios que divulgam as informações nas mídias sociais devem ter cuidado com o conteúdo, pois correm risco de outras pessoas terem acesso à informação.

Para ele, as inovações digitais proporcionam novas possibilidades. “Os benefícios podem ser tanto para o trabalho pedagógico quanto para as funções cognitivas, tais como maior interatividade, compartilhamento de informações, aprendizagem colaborativa, situações de educação a distância, dentre muitas outras”, destaca.

Foto: Angelo Miguel

Raphaella Sconetto
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