Governador Rollemberg (d) ao lado do secretário de Saúde, Humberto Fonseca
“O que existem são somente bravatas para tentar desestabilizar o governo”, afirma secretário de Saúde, Humberto Fonseca

O domingo foi reservado pelo Governo de Brasília para montar um comitê de crise. Em reunião na Residência Oficial de Águas Claras, o governador Rodrigo Rollemberg convocou assessores e deputados distritais que formam a base aliada. Na pauta, as denúncias de suposta cobrança de propina no governo.

Participaram da reunião, os governistas Telma Rufino (sem partido), Roosevelt Vilela (PSB), Rodrigo Delmasso (PTN), Chico Leite (Rede), Juarezão (PSB) e Sandra Faraj (SD) e o líder do governo, Júlio Cesar. Luzia de Paula (PSB), Lira (PHS), Reginaldo Veras (PDT) e Israel Batista (PV) não estavam na cidade.

O objetivo foi fazer uma análise sobre divulgação de conversas gravadas pela presidente do Sindicato dos Servidores da Saúde (SindSaude), Marli Rodrigues, com o vice-governador Renato Santana e outros integrantes do governo.

Por solicitação da presidente da Câmara Legislativa, Celina Leão (PPS), acontece amanhã uma reunião extraordinária da Mesa Diretora para tratar sobre o assunto.

Rollemberg deu explicações aos deputados sobre providências tomadas com relação às denúncias. Na conversa gravada por Marli Rodrigues, Renato Santana admite saber da existência de um repasse de propina no valor de 10% dos contratos de serviços da Secretaria de Fazenda.

O governador anunciou oficialmente durante a reunião que pediu providências à Controladoria-Geral do Distrito Federal e garantiu que a Polícia Civil vai investigar o caso. Ele afirmou também que decidiu entrar com uma queixa-crime contra a presidente do SindSaúde.

O secretário de Saúde, Humberto Fonseca, e o secretário-adjunto de Relações Institucionais, José Flávio também acompanharam o encontro.

Fonseca afirmou que está claro que não existe nenhuma denúncia específica. “O que existem são somente bravatas para tentar desestabilizar o governo”, ressaltou.

Humberto Fonseca garantiu, ainda, que as tentativas de envolver o Buriti em um escândalo seriam uma estratégia para tentar atrapalhar os planos do GDF de contratar organizações sociais para a gestão da saúde.