Homens e mulheres que estão se preparando para prestar concurso, a fim de ingressar no Corpo de Bombeiros Militar do DF, devem ficar atentos as exigências dos editais. Há, pelo menos, 47 situações que tornam os candidatos incapazes de entrar para a corporação. Além de os submeter a 26 exames complementares e quatro toxicológicos. Os aspirantes devem, ainda, passar por avaliação psicológica e testes físicos.

Mas um dos exames exigidos pelo edital tem causado estranhamento. É o papanicolau, ou como está descrito no anúncio “colpocitopatologia oncótica”, um exame ginecológico realizado como prevenção ao câncer do colo de útero e ao HPV. Um procedimento, apesar de invasivo, muito importante a saúde da mulher.

A candidata que se recusar a apresentar o exame só tem outra alternativa para se tornar bombeiro. Apresentar atestado de não ruptura do hímen, ou seja “virgindade”, com assinatura, carimbo e CRM do médico ginecologista que o emitiu.

O debate e o estranhamento se dão pois os editais não exigem exame similar aos homens, para detectar câncer na próstata ou HPV.

Em nota, o Corpo de Bombeiros diz que a apresentação de exames e realização de testes físicos se justifica pela necessidade dos candidatos gozarem de boa saúde para o exercício da função bombeiro-militar. “O exame papanicolau trata-se de um exame preventivo indicado para mulheres no período compreendido entre o início da vida sexual/fértil ao início da menopausa. A não apresentação do referido exame, no contexto das exigências do certame, será suprida pela apresentação do exame que atesta a virgindade da candidata. Sobre o exame de próstata, informamos que se trata de um exame preventivo indicado aos homens a partir dos 40 anos de idade, idade superior ao limite de idade para ingresso nos Quadros da Corporação. Vale ressaltar que são exigidos outros exames aos candidatos, objetivando atestar a sua boa condição de saúde”.

*Com informações do Correio Web.
Andre Borges/Agência Brasília