Grupo antitabagismo oferece, além de terapia em grupo, adesivo para a terapia de reposição de nicotina.
Agência Brasília *

A Unidade Básica de Saúde (UBS) 7 do Paranoá reúne, toda semana, os moradores da localidade de Quebrada dos Neres que desejam parar de fumar. São quatro encontros, nos quais os pacientes compartilham suas experiências, angústias e dificuldades com o vício. Todos são moradores da área rural e estão em situação de vulnerabilidade social.Foto: Breno Esaki/Secretaria de Saúde-DF

A médica da unidade Mônica Gonçalves Lanne explica que os encontros em grupo servem de apoio para enfrentar a luta contra o cigarro. “O grupo é importante porque formam uma rede de suporte que desperta nos demais a força necessária para vencer o vício, tão prejudicial à saúde”.

O grupo acolhe pacientes como Nerci Batista da Silva, que já tentou outras vezes abandonar o cigarro. Seus pais eram fumantes e, a partir dos 12 anos de idade, ela começou a fumar cigarro de palha. “Fumava escondido porque meu pai não queria, mas como ele fumava nem percebia” conta.

Ela atribui a dificuldade em largar o cigarro à depressão, mas pensa na saúde dos filhos como motivo para deixar de fumar. “Quero parar por causa da saúde minha e deles que já têm bronquite alérgica. Embora eu não fume perto deles, eu sei que o cigarro os prejudica também”, reflete Nerci.

Além da terapia em grupo, os pacientes têm acesso, na UBS, a adesivo para a terapia de reposição de nicotina, auxiliar no tratamento contra o tabagismo.

Um levantamento feito pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca), do Ministério da Saúde, mostram que, em 2015, o uso do tabaco teve relação direta com as mortes por doenças cardíacas (34.999); doença pulmonar (31.120) e outros tipos de cânceres (26.651).

Os custos diretos, associados ao tabagismo, somaram, em 2015, R$ 39,4 bilhões. Os custos indiretos devido a mortes prematuras e incapacidades atingiram R$ 17,5 bilhões.

* Com informações da Secretaria de Saúde-DF