Objetivo da ação é reduzir a fila de espera e beneficiar os cidadãos que sofrem com a doença
Agência Brasilia

As cirurgias têm sido feitas em tempo hábil graças a uma força-tarefa que ajuda a reduzir a fila de espera de pacientes /Foto: Breno Esaki/SES-DF

A força-tarefa de cirurgias para retirada de catarata encerrou o primeiro mês de atuação com 109 pacientes atendidos no Hospital Regional de Taguatinga (HRT) – o dobro do mês anterior, quando não havia esta iniciativa. O objetivo da ação, de acordo com a direção da unidade e a Superintendência da Região de Saúde Sudoeste, é reduzir a fila de espera pelo procedimento, que, atualmente, registra mil pacientes.

Eliana Maria Carvalho Costa, 60 anos, foi uma das beneficiadas. Após uma espera de dois anos para realizar o procedimento, no início de abril, finalmente ela recebeu a ligação do hospital para pegar os pedidos de exames. Em menos de 30 dias, Eliana retirou a opacidade que já atrapalhava a visão dos dois olhos. “Estou enxergando melhor as letrinhas, principalmente de perto, e espero melhorar mais ainda”, disse, satisfeita com o atendimento recebido.

A força-tarefa é uma iniciativa da Oftalmologia do HRT, realizada com a intenção de dar celeridade aos procedimentos e beneficiar os pacientes que já estão na fila de espera. Para alcançar esse objetivo, foram organizados três turnos extras de atendimento. “Queremos diminuir a fila de espera”, explica o médico José Alberto Paiva de Aguiar Júnior, responsável técnico do setor. “Com esses turnos que temos a mais, é possível conseguir isso. Eu creio que vamos diminuir bastante a fila como um todo.”

SOS DF Saúde

A superintendente da Região de Saúde Sudoeste, Lucilene Florêncio, lembra que as cirurgias realizadas fazem parte das ações do SOS DF Saúde, viabilizadas pelo comprometimento e engajamento dos profissionais da unidade, com o apoio da Secretaria de Saúde.

A expectativa da gestora é aumentar ainda mais o quantitativo de procedimentos, uma vez que o HRT possui capacidade técnica para tanto. Segundo Lucilene, a força-tarefa tem dado celeridade à realização dos procedimentos, uma vez que, em seu entendimento, a cirurgia tem impacto positivo na vida dos beneficiados.

“Os pacientes são idosos e têm dependência nas atividades diárias”, destaca Lucilene. “Eles ficam dependentes da família para caminhar e para os afazeres. Quando fazem essa correção, melhoram a autoestima e saem bastante felizes, com um sorriso e brilho nos olhos. Começam a ter de volta a qualidade de vida e a independência, têm novamente a alegria de viver”.

A orientação para quem necessita de cuidados oftalmológicos é procurar a unidade básica de saúde mais próxima de sua casa. Lá, o encaminhamento poderá ser feito conforme o problema do paciente. Somente com a consulta ao oftalmologista será realizado o diagnóstico e a prescrição para o procedimento indicado para cada caso.

A doença

A catarata é uma doença que deixa a visão fica opaca. Ocorre principalmente em decorrência do envelhecimento. Porém, existem casos de catarata congênita (de nascença) ou provocada por fatores como exposição demasiada ao sol sem óculos apropriados. “O principal motivo do aparecimento da catarata é o envelhecimento do próprio organismo”, esclarece o médico José Alberto Júnior. “É uma doença específica do idoso, mas isso não quer dizer que o jovem não possa ter.”

Os sintomas mais comuns são visão nublada, sensibilidade à luz e necessidade de maior iluminação para ler, sendo que a visão noturna se torna mais fraca e as cores passam a ter aparência amarelada. São cinco classificações conhecidas.

A senil é o tipo de catarata mais comum. Ocorre em pessoas idosas, geralmente após os 60 anos. Já a catarata congênita, quando a criança já nasce com o distúrbio, é causada por doenças já existentes na mulher – como a rubéola e a toxoplasmose – durante a gravidez. Frequentemente, está acompanhada de outras alterações.

A catarata diabética também pode ocorrer em idade mais precoce, com perda visual mais rápida do que a causada pela catarata senil. A traumática, por sua vez, ocorre após acidentes com o olho. Geralmente, é unilateral – o trauma, mesmo sem perfuração do olho, pode provocar a opacificação do cristalino. Há ainda a catarata provocada pelo uso de medicamentos, principalmente os corticoides, quando usados por longos períodos.

* Com informações da Secretaria de Saúde