De janeiro a abril, 10 pessoas morreram por causa da doença.
Por Marília Marques e Vinícius Cassela, G1 DF e TV Globo

Aedes aegypti fêmea é a transmissora da febre amarela, dengue, zika e chikungunya no Brasil — Foto: Pixabay/Divulgação

Em uma semana, os casos de dengue aumentaram 15% no Distrito Federal. De acordo com o boletim divulgado nesta quarta-feira (24) pela Secretaria de Saúde, os "casos prováveis" saltaram de 8,6 mil para 10 mil.

O número para o período já é o maior desde 2017, com 1,2 mil registrados. No ano passado foram 844 casos prováveis. O índice deste ano só não superou 2016, quando foram registradas 11,9 mil suspeitas (veja gráfico abaixo).
Casos prováveis de dengue no DF

Dados consideram informações coletadas de 7 a 13 de abril

Casos prováveis de dengue no DF
Dados consideram informações coletadas de 7 a 13 de abril
Casos prováveis11.93111.9311.2641.26484484410.04210.042201620172018201902,5k5k7,5k10k12,5k15k
2016
Ano 11.931
Fonte: Secretaria de Saúde/DF


De janeiro até 13 de abril – período avaliado no último boletim da Secretaria de Saúde – 10 pessoas morreram no DF por causa da doença. O relatório da semana passada, com dados até 7 de abril, apontava oito mortes. Segundo a pasta, foram registrados óbitos em São Sebastião, Planaltina, Ceilândia, Estrutural, Núcleo Bandeirante, Itapoã e Águas Claras.

Outro dado citado no relatório da pasta, mostra que a dengue atinge, principalmente, pessoas na faixa etária de 10 a 49 anos. De acordo com o estudo, este é o grupo com "intensa mobilidade urbana" e, assim, com mais probabilidade de contágio.

Combate ao mosquito

A Secretaria de Saúde garante que as ações de combate ao Aedes aegypti – transmissor da dengue, zika e febre chikungunya – estão sendo intensificadas. Mas ressalta que a ajuda da população é fundamental para reduzir os focos do mosquito.

Entre as dicas estão:

manter a caixa d'água fechada;
manter tonéis e barris d’água tampados;
lavar semanalmente com escova e sabão os tanques utilizados para armazenar água;
encher de areia os pratos de plantas;
colocar no lixo todo objeto que possa acumular água;
colocar o lixo em sacos plásticos e manter bem fechados;
manter calhas limpas;
não deixar acumular água sobre a laje.

A Secretaria de Saúde fez uma lista para que os moradores possam checar esses itens. A lista pode ser baixada pela internet.

Além dos cuidados com a proliferação do mosquito, outros recursos podem ajudar a evitar a picada do Aedes. As indicações do Ministério é utilizar roupas longas, repelentes e mosquiteiros nas camas.