Se no presente os pais são os que tomam as decisões importantes, no futuro os pequenos é que terão a responsabilidade nisso. Assim, entendê-los faz parte da preparação deles aos tempos que os aguardam. Por isso, hoje, Dia da Criança, o Jornal de Brasília resolveu ouvir a garotada para saber o que eles querem e quais são suas necessidades e sonhos.
As realidades e fantasias de cada uma das 335.690 crianças do DF – segundo dados da Companhia de Planejamento (Codeplan) – muitas vezes são diferentes e propõem desafios complicados até mesmo para adultos levarem adiante. Mas, apesar de todas as dificuldades que eles, porventura, venham a enfrentar, continuam com o sorriso de quem sabe que não é um machucado qualquer que vai pará-los.
Felicidade e proteção

Desejo de diversão
Ana Beatriz Alves Santana, 8, perambula pelas ruas de Brasília como uma bailarina: postura ereta e movimentos graciosos. Mas, apesar de praticar a dança desde os três anos, a moradora de Santa Maria pretende ser verterinária ou médica, pois quer cuidar dos animais ou das pessoas. A avó Adenir Pereira brinca que não sabe se daria muito certo, já que o único bicho de estimação que ela teve, um peixinho, morreu. De todo modo, a mulher garante que a neta é uma menina muito alegre e estudiosa.

Sonhar apesar de tudo
No começo da conversa., Daniel Santos, 12, contou do desejo de ser bombeiro ou arquiteto. Mas, depois de alguns movimentos com uma bola de futebol, ele admitiu que, na verdade, queria ser jogador de futebol. O problema são os obstáculos para alcançar o sonho. O amor pelo esporte é antigo: desde os sete anos. Embora não tenha abandonado a bola, ele deixou a ambição para escanteio. “Quando entrei na escolinha e o professor falou que a gente poderia alcançar nossos sonhos, eu fiquei animado, mas depois vi que não daria certo”, lamenta Daniel, que reclama da estrutura precária. A escolinha Apollo Júnior foi criada em 2000 no parque urbano da Estrutural, mas, desde 2015, não há vestiário nem banheiro, pois esses espaços foram depredados. Enquanto isso, Daniel, que mora com a mãe e a irmã no Setor Oeste da Estrutural, estuda bastante para ser um bom bombeiro. Apesar da mudança de planos, o rapaz deseja que as crianças de todo o mundo não desistam do que querem, pois coisas boas podem ocorrer.
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