Larissa Borges da Silva. Foto:Divulgação/PCDF
Usando a beleza e a simpatia para enganar as vítimas, uma jovem de 29 anos é suspeita de aplicar golpes em motoboys, taxistas, clínicas e salão de beleza, entre outros. Larissa Borges da Silva foi presa em flagrante ao tentar fazer outra vítima em uma loja de comidas fitness na 105 Sul, na terça- feira passada. Agora, está em prisão preventiva devido a 17 casos de estelionato que já eram investigados, entre 31 ocorrências só no DF.
O delegado-adjunto da 1ª DP, João Ataliba Nogueira, relata que Larissa agia sempre da mesma forma: simulava uma tentativa de pagamento por cartão e, sem sucesso, pedia para pagar via transferência eletrônica. Tudo na hora, com direito a comprovante falso. No local do último crime, onde a jovem comprou mais de R$ 300 em marmitas, o dono desconfiou e cancelou a venda. Ela fugiu com os alimentos, mas depois a polícia encontrou tudo no carro dela.
Larissa está em Brasília há oito meses e se apresentava como arquiteta, mas a investigação aponta que ela não trabalha e não tem renda. “Começou a chegar ocorrência sobre ela, envolvendo compras de carros, motos e celulares na em sites”, destaca o delegado.
Às vítimas, a moça alegava que o sistema era lento. Mas, quando os vendedores se davam conta da fraude, já era tarde demais. “Eles procuravam Larissa, e ela já tinha vendido para terceiros”, destaca. “Se a vítima a acusasse de algum golpe, ela ia à delegacia e tentava reverter o jogo”, conta.
Infinidade de crimes
A jovem aplicou os golpes em uma oficina mecânica, clínica ginecológica, cirurgião plástico e chegou a comprar um filhote de cachorro. Larissa usava nomes como Laiane, Laiana e Luana. O delegado acredita que existam mais vítimas, e por isso pediu a divulgação da foto dela.
Por estelionato, a pena vai de um a cinco anos por cada crime. Também foram registradas ocorrências de dano, difamação e injúria, furto mediante fraude, perturbação e ameaça, além de falsa comunicação de violência doméstica. No DF ao todo, são 31 ocorrências. Larissa foi indiciada por 20 delas.
A jovem veio de Goiânia, onde 14 crimes foram registrados contra ela. Ali, ela foi investigada por extorsão com o “golpe da barriga” que tentou aplicar em um namorado. A Justiça goiana negou o pedido de prisão. “Ela denunciou o namorado na polícia, falando que ele era traficante”, comenta. O rapaz perdeu o emprego depois disso.
No DF, ela começou a mesma história com outro rapaz, um sommelier com quem se envolveu rapidamente. Ela alegava estar grávida de gêmeos e o perseguia no local de trabalho. Em um dia de loucura extrema, Larissa destruiu a portaria do prédio do homem. Logo depois, seguiu para a delegacia para registrar ocorrência contra ele.
A suspeita morava na 713 Sul e, de apartamento em apartamento, nunca pagou aluguel. Ao ser transferida para a Colmeia, se debateu no camburão até danificá-lo. Ali, ela alertava que estava doente e que iria se matar. “Não sou psicólogo, mas acredito que ela tenha algum nível de sociopatia. Ela é uma pessoa violenta, agressiva e dissimulada”, afirma Ataliba.
JBr
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