Além de levar uma gama de equipamentos públicos aos frequentadores, governo pretende firmar parcerias com a iniciativa privada para criar oportunidades de negócio.

O Plano Orla Livre, lançado pelo governo de Brasília nesta quinta-feira (8), vai tornar o Lago Paranoá um ponto de encontro mais acessível, organizado e com diversas opções de lazer. Mas o projeto vai além e vislumbra oportunidades de negócio que devem fomentar a economia local. Com a terceira maior frota náutica do País, o espelho d’água tem potencial para atrair os mais variados tipos de investimentos.O governador Rollemberg durante o lançamento do Plano Orla Livre, nesta quinta-feira (9). Foto: Toninho Tavares/Agência Brasília

O processo de tornar o cartão-postal mais democrático oferecerá ao público uma gama de opções de lojas, quiosques, restaurantes e outros pequenos e médios estabelecimentos comerciais que tornarão mais agradáveis o passeio de moradores e turistas. Tudo isso harmonicamente ligado às questões relacionadas à preservação do meio ambiente. Além de levar mais opções e comodidade aos visitantes, a ocupação da orla vai criar emprego e renda. Até a implementação de um transporte público lacustre está previsto no programa.


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A participação da iniciativa privada no desenvolvimento dos projetos de ocupação ordenada da orla será importante para assegurar o pleno desenvolvimento do Plano Orla Livre, como avalia o chefe da Casa Civil, Sérgio Sampaio. “É um projeto que vai exigir um dispêndio significativo de recursos, por isso, imaginamos que a sustentação desse projeto passa pela participação da iniciativa privada, observando que em momento nenhum há possibilidade de isolar espaços ou muito menos cobrar pelos acessos.”

Embora o Plano Orla Livre contemple muitas ações de médio e longo prazos, intervenções pontuais já começam a mudar a paisagem do local. Até o fim do ano deve ser concluída a trilha de 6,5 quilômetros entre o Parque Península Sul e o Parque Asa Delta, na QL 12 do Lago Sul. No início de 2017, a pista vai conectar o Parque da Asa Delta ao Deck Sul, totalizando 14 quilômetros de acesso pavimentado, que será compartilhado por pedestres e ciclistas.
231,7 mil metros quadradosTotal de terras públicas desocupadas nas margens do Lago Paranoá

As benfeitorias na orla só estão sendo possíveis graças às ações do governo de Brasília para desobstruir áreas ocupadas irregularmente. Atendendo a decisões judiciais, o Executivo liberou, desde 2015, 231,7 mil metros quadrados de terras públicas, somente nas margens do Lago Paranoá, o que garantiu a instalação de equipamentos públicos nesses espaços.

“Isso provocou alguns conflitos, mas não queremos dividir parcelas da população. Queremos uma cidade democrática, onde todos tenham a possibilidade de usufruir do espaço mais bonito da cidade, mas vamos fazer isso de forma adequada, garantindo a preservação do meio ambiente e a segurança dos frequentadores. Assim, efetivamente, Brasília dará um salto civilizatório”, destacou Rollemberg, durante a apresentação do Plano Orla Livre, no Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha.