Escolas são locais onde vítimas sentem-se confortáveis para relatar abusos.

A falta de infraestrutura prejudica o trabalho dos conselhos tutelares, de acordo com os conselheiros que participaram da reunião da CPI da Pedofilia na manhã desta terça-feira (29). Segundo Zelma Salomão, conselheira da Ceilândia, cerca de 90% dos conselhos não tem salas apropriadas para colher os depoimentos de crianças e adolescentes vítimas de violência e abuso sexual. Zelma defendeu a necessidade de capacitação contínua para os profissionais que atuam nos conselhos.

Os conselheiros Leonardo Oliveira e Ziel Ferreira narraram ao deputado Rodrigo Delmasso (PTN), presidente da CPI, que a escola é o principal local de onde partem as denúncias de crimes de pedofilia. "A escola é a interface em que a criança acaba deixando escapar a situação cruel da qual é vítima, e as escolas convocam os conselheiros tutelares", explicou Ferreira. Uma das grandes preocupações dos conselhos, segundo ele, é não revitimizar as crianças e os adolescentes, evitando diversas narrativas sobre as situações de abuso.

Delmasso mediou as perguntas encaminhadas por participantes, via facebook, aos conselheiros, entre elas o questionamento sobre campanhas de conscientização sobre a pedofilia. O parlamentar sugeriu que o relatório da CPI inclua a sugestão de realizar campanhas anuais sobre o tema no DF. 

CLDF