Celina se diz vítima de um conluio

A deputada Celina Leão (PPS), presidente afastada da Câmara Legislativa, ocupou a tribuna do plenário na sessão ordinária desta terça-feira (22) para criticar o anúncio pelo Ministério Público do pedido de afastamento dos deputados distritais acusados de recebimento de propina, citados na Operação Drácon. "A suposta denúncia não traz fato novo ou grave", exortou, reafirmando que ela "apresenta elementos frágeis".

"Em vez de procurar acionar o Judiciário primeiro, o que houve foi a convocação de uma entrevista coletiva anunciando uma suposta denúncia", protestou a parlamentar, que enfatizou estar "absolutamente tranquila" em relação ao prosseguimento das investigações. Ela disse estranhar que a apuração não entrou no mérito das questões denunciadas. "Até o final do meu mandato vou colocar na cadeia todas as pessoas que participaram desse conluio", afirmou.

Austeridade – O deputado Joe Valle (PDT) advertiu, da tribuna da Câmara Legislativa, que os governantes no Brasil "estão confundindo a questão da austeridade" na administração pública. Segundo ressaltou, "a austeridade desmedida é tão ruim quanto a falta de controle". O parlamentar criticou ainda a ausência de projetos de longo prazo pelos governos estaduais, lembrando que o modelo político que predominou no país foi a política de "novas alianças". Ele fez um apelo para que o governador do DF faça mudanças no sentido de se evitar a "má gestão" no modelo de trabalho e que busque a melhoria da governança.

Geddel – Já Chico Leite (Rede) fez uma "análise" do episódio envolvendo o ministro Geddel Vieira Lima e a suposta pressão política que culminou com a demissão do ministro da Cultura, Marcelo Calero. "O mais grave não é o crime em si, que já tem lei prevendo o processo, mas acreditar que é possível usar do prestígio do cargo para buscar obter vantagem para si", advertiu, ao considerar o caso como "um absurdo do ponto de vista cultural".

Demissões no BB – O deputado Chico Vigilante (PT) fez um protesto na tribuna da Câmara Legislativa contra o anúncio pelo governo federal de demissões de cerca de oito mil empregados do Banco do Brasil, com o fechamento de agências em todo o País. "Além dos bancários, também irão perder seus empregos vigilantes, copeiros, profissionais da limpeza", protestou o distrital, ao responsabilizar o presidente Temer pelo agravamento da crise econômica. Ele também criticou gestões de governos estaduais do PMDB.

Em resposta, o deputado Wellington Luiz (PMDB) afirmou que "até parece que o presidente Temer assumiu o governo há mais de oito anos", e disse as medidas anunciadas pelo atual governo são para "consertar as asneiras que a ex-presidente Dilma cometeu nos últimos anos". Ele afirmou que administração anterior é a culpada pela crise econômica, "pois transformou o Brasil num poço de corrupção".

CLDF