Agentes penitenciários em greve desde 10 de outubro recusaram a receber 95 presos que estavam no Departamento de Polícia Especializada (DPE) e que deveriam ter sido transferidos para a Papuda. Após a transferência mal sucedida, ao retornarem a sede da DPF, os detentos também foram barrados por policiais civis que realizavam outra manifestação. O episódio ocorreu ontem.

A continuidade da greve dos agentes foi aprovada em assembleia nesta terça. A
mobilização foi considerada ilegal pelo Tribunal de Justiça do DF em 14 de outubro, quando também foi determinada a retomada imediata das atividades. Inicialmente, foi determinada multa de R$ 100 mil por dia de descumprimento da determinação. O valor foi dobrado na quinta-feira (20).

Em comunicado em uma rede social, o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários (Sindpen), Leandro Allan, disse que com a continuação da greve, fica sem funcionar o recebimento de advogados e oficinais de justiça; escoltas judiciais; recebimento de internos das DPs e visita de apenados (suspensa no dia 23). Os agentes realizam apenas a segurança interna e externa das unidades prisionais; distribuição de alimentos e atendimentos médicos em caso de urgência. 

Segundo a Casa Civil, o secretário Sérgio Sampaio e a secretária de Segurança Pública e Paz Social, Márcia Alencar, se reuniram com representantes do sindicato dos agentes penitenciários e houve avanço no diálogo em relação às pautas que não têm impacto financeiro. 
Da Redação do Alô
FOTO: GABRIEL JABUR/AGÊNCIA BRASÍLIA