Uma enfermeira foi picada por um escorpião amarelo, na noite dessa terça-feira (26), no Hospital Regional da Asa Norte (HRAN). O incidente ocorreu no momento em que a mulher buscava material para uma cirurgia. Embora o hospital seja referência em soro antiescorpiônico, a enfermeira não precisou tomá-lo, já que o animal ainda era um filhote.

Segundo a direção do HRAN, a servidora foi medicada com soro fisiológico após o ocorrido e ficou em observação até a manhã desta quarta-feira (27), quando foi liberada. Ela precisou ficar internada pois apresentava náuseas, vômito e dores.

A Vigilância Ambiental fez uma varredura nesta manhã e não encontrou vestígios de aracnídeos. Profissionais da unidade e pacientes foram orientados a tomar cuidado com o descarte de resíduos alimentares que podem ocasionar o aparecimento de baratas, presas do escorpião.

Histórico

De janeiro a julho de 2016, a Diretoria de Vigilância Ambiental (Dival) atendeu a 597 chamados de captura de escorpião no Distrito Federal. No mesmo período, foram registrados 382 pacientes que buscaram atendimento médico decorrente de acidentes com o animal. As cidades que mais apresentaram ocorrências foram Taguatinga, Asa Norte e Asa Sul.
Em todo o ano de 2015 foram feitas 970 solicitações de captura e 562 casos foram notificados no DF.

Medidas preventivas para evitar o surgimento de escorpião

Na área externa do domicílio:
• Manter limpos quintais e jardins, não acumular folhas secas e lixo domiciliar;
• Acondicionar lixo domiciliar em sacos plásticos ou outros recipientes apropriados e fechados e entregá-los para o serviço de coleta;
• Evitar entulhos de obras de construção civil e terraplanagens, superfícies sem revestimento, umidade, etc;
• Evitar queimadas em terrenos baldios, para evitar o desalojamento;
• Remover folhagens, arbustos e trepadeiras junto às paredes externas e muros;
• Manter fossas sépticas bem vedadas, para evitar a passagem de baratas e escorpiões;
• Rebocar todas as paredes e muros, eliminando vãos ou frestas.

Na área interna do domicílio:
• Vedar soleiras de portas com rolos de areia ou rodos de borracha;
• Reparar rodapés soltos e colocar telas nas janelas;
• Telar as aberturas dos ralos, pias ou tanques;
• Telar aberturas de ventilação de porões e manter assoalhos calafetados;
• Manter berços e camas afastados das paredes e evitar que mosquiteiros e roupa de cama permaneçam em contato com o chão;
• Manter todos os pontos de energia e telefone devidamente vedados;
• Em local muito arborizado, fechar portas e janelas da residência ao entardecer;
• Manter fechado armários e gavetas;
• Examinar roupas e calçados antes de usá-los, principalmente quando tenham ficado
expostos ou espalhados pelo chão

O Centro de Informações Toxicológicas (CIT), da Subsecretaria de Vigilância à Saúde (SVS/SES), oferece esclarecimentos por telefone para a população e para os profissionais de saúde quanto as ações em caso de picada. O número é 0800-644-6774.